domingo, 19 de abril de 2009

Season of illusions.

Confesso que ando pensando frenquentemente nesses ultimos dias que se sucederam. Em todas as tardes agradáveis de clima ameno, vento a balançar as folhas e o brilho alaranjado de fim de dia. Época boa na qual eu não tinha essas coisas todas na minha cabeça. Não havia pessoas demais, não havia trabalho demais, não havia nada demais. E eu só vivia por aí, solta, como aquela música que sempre tocava. Eu gostava de sentar e só olhar a paisagem, ouvindo a tal da música. Eu não precisava de muito. Eu não precisava pensar muito, eu só sentia. Sentia e olhava a paisagem. Sentia e escrevia aqueles textos rídiculos, mas que me faziam bem. Acho que nem sei mais escrever, no papel não sai mais nada. Da cabeça também não sai mais nada. Da minha vida também não sai mais nada. Um dia desses eu voltei ouvir a tal da música. Confesso também que acho que essa música nem existe, sabe? Acho que é tudo coisa da minha cabeça. A música, as tardes, o clima ameno, as folhas e o laranja.

Um comentário:

"Eu ia embora de mim: isso era tudo. Eu ia embora de mim sem saber de onde vinha nem para onde iria..."
Caio Fernando de Abreu