domingo, 19 de abril de 2009

Season of illusions.

Confesso que ando pensando frenquentemente nesses ultimos dias que se sucederam. Em todas as tardes agradáveis de clima ameno, vento a balançar as folhas e o brilho alaranjado de fim de dia. Época boa na qual eu não tinha essas coisas todas na minha cabeça. Não havia pessoas demais, não havia trabalho demais, não havia nada demais. E eu só vivia por aí, solta, como aquela música que sempre tocava. Eu gostava de sentar e só olhar a paisagem, ouvindo a tal da música. Eu não precisava de muito. Eu não precisava pensar muito, eu só sentia. Sentia e olhava a paisagem. Sentia e escrevia aqueles textos rídiculos, mas que me faziam bem. Acho que nem sei mais escrever, no papel não sai mais nada. Da cabeça também não sai mais nada. Da minha vida também não sai mais nada. Um dia desses eu voltei ouvir a tal da música. Confesso também que acho que essa música nem existe, sabe? Acho que é tudo coisa da minha cabeça. A música, as tardes, o clima ameno, as folhas e o laranja.

sábado, 11 de abril de 2009

Outer Conversation

Você quer tudo fácil, não tem coragem, não tem garra, não tem nada. Assim como eu. Me diga o que fazer, então? Faça qualquer coisa e trate de arrumar um bom marido. Que conversa mais arcaica, nossa. É o jeito. Foda-se. O que vais fazer então? Foda-se. Você não quer nada. Foda-se pela terceira vez. E não me importa o vocabulário chulo, eu falo mesmo.

Perdão. Perdão é o caralho. Eu não sabia que isso te machucava tanto, que é um fardo tão grande em tua vida. Pois é, É O MAIOR FARDO DA MINHA MEDÍOCRE VIDA! Você vai conseguir algo. Vou não. Vai! Você disse, não vou não. Perdão. (silêncio)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Inner Conversation

Vai lá e vive tua vida sem esperar por ninguém, rapaz. Já te disse que és jovem, que tens a vida toda por aí. Mas não é bem assim, as coisas não são sempre como agente quer e blá, blá, blé, além de todas essas frases de efeito e todos esses clichés que você já conhece, que todo conhecem. Mas o que queres então? Viver assim? E se essa for minha escolha? E se eu preferir viver dessa maneira mesmo, in my own fuckin' way? Faz-me rir deste modo. E por que? Por que nao tem "my own fuckin' way" para você, eu sei. Por que eu também sei que se deixar, tu ficas deste modo, a pensar e a nada fazer, te conheço, tolo. Me deixa pensar, preciso disso. "Me deixa pensar", "me deixa pensar", é sempre assim. E eu, como fico? Como você acha que me fazes sentir com toda essa tua inércia. Inércia não, eu odeio essa palavra! Eu também, e eu sei disso, por isso falei. Porra, sai daquí e me deixa em paz ok? SAI.

Você está certo. Há, estou? Sim, está. Eu sei disso. Ok, não precisa se gabar nem nada. Eu nao estou. Está. Você sabe que é assim. O que queres de mim então? Diferença. Não é facil. Eu sei. Não, não sabe.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

história sem nome (parte 3)

Desisti da história. FIM.

domingo, 5 de abril de 2009

história sem nome (parte 2)

E eu olhei. Olhei tanto que nossos olhos se cruzaram rapidamente. Coisa natural. E eu ainda de olho nos livros. Admito que gosto desse tipo 'intelectual', tomara que não seja uma falsa-imagem. Me diga, por favor que és o que espero.

sábado, 4 de abril de 2009

história sem nome (parte 1)

Logo que entrou sabia que era ele. Fingi não me importar, fingi estar ainda concentrada no livro, fingi ser mais uma sentada numa daquelas mesas. Mas eu não poderia me enganar, era ele e eu sabia disso. Atravessou a sala e sentou aos fundos. Engraçado até, o modo como andava. Meio ansioso, meio receoso. Assim como eu, deslocada, intimidada até. Trazia uma grande mochilas e livros nas mãos. Culto, talvez, quem sabe. Eu só sabia que ele estava ali, e que eu precisava olhá-lo até que algo acontecesse.