Para ser lido ao som de "Sunday Morning" do Velvet Underground.
Ainda tenho demônios que me assustam durante a noite. Toda ela, quase. Todas elas, quase. Ao chegar em casa a única coisa que se quer é esquecer. Tira essas roupas que pesam mais que o teu corpo. Ou andas tão pesado quanto elas? Mais pesado que elas? Atira fora toda essa energia densa. Deixa só o corpo. Só o espírito. Deixa deixar de pesar. Deixa levar, elevar, levar, 'enlevar'. Seja o ar e seja todo o chão. Chão frio dessa rua que, por sinal, estava quente hoje. Quente em temperatura, mas fria. Não há calor a ser transferido nas ruas nem em lugar nenhum. Tudo é frio e o termômetro marca 31ºC. O domingo vira segunda agente querendo ou não. O dia seguinte pesa nas costas. A roupa ajuda. Pesa e dói o corpo inteiro. A alma dói junto e você acaba até acostumando. Dor contínua deixa de ser dor, mas não deixa de doer. Quero sundays mornings todos os dias. Elas não doem.
Ainda tenho demônios que me assustam durante a noite. Toda ela, quase. Todas elas, quase. Ao chegar em casa a única coisa que se quer é esquecer. Tira essas roupas que pesam mais que o teu corpo. Ou andas tão pesado quanto elas? Mais pesado que elas? Atira fora toda essa energia densa. Deixa só o corpo. Só o espírito. Deixa deixar de pesar. Deixa levar, elevar, levar, 'enlevar'. Seja o ar e seja todo o chão. Chão frio dessa rua que, por sinal, estava quente hoje. Quente em temperatura, mas fria. Não há calor a ser transferido nas ruas nem em lugar nenhum. Tudo é frio e o termômetro marca 31ºC. O domingo vira segunda agente querendo ou não. O dia seguinte pesa nas costas. A roupa ajuda. Pesa e dói o corpo inteiro. A alma dói junto e você acaba até acostumando. Dor contínua deixa de ser dor, mas não deixa de doer. Quero sundays mornings todos os dias. Elas não doem.
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"Eu ia embora de mim: isso era tudo. Eu ia embora de mim sem saber de onde vinha nem para onde iria..."
Caio Fernando de Abreu