sábado, 6 de setembro de 2008

"E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência." Caio Fernando Abreu


Hoje eu iria postar um conto qualquer que eu escrevi num dia desses. Coisa de daydream mesmo, bem sonhador, bem tolo, bem com final bonito, bem NF. Mas meu espírito não está em paz. Está perturbado, o que nem é tão novidade assim.

Bem, conversei com minha amiga de pensamentos improdutivos ontem, e acho que a gente pensa mais-ou-menos igual em tudo. A conversa inteira só serviu para me mostrar que a vida é tão igual todos os dias. Que é tudo uma rotina.

Descubro que o Amor já se foi para mim antes mesmo de chegar. Só há essas paixões e que mesmo assim, não posso me dar ao luxo de tê-las cotidianamente. Descubro que sofro e sofrerei ainda mais. Que rio e rirei ainda mais.

Penso que meu quarto tá carregado de más energias, e que devo ter algum ensconto, também. Vejo que por mais que eu leia, escute, pense, escreva, nunca chegarei em meus altíssimos "auto-padrões". Penso que nem escrever mais sei, e que nunca soube. Penso que só sei falar, falar sem freios. Não sei nem ao menos pôr títulos.

Escrevo apra falar comigo mesma, escrevo para ver de descarrego algum tipo de tensão, mas vejo que não. Eu preciso de paz, verdadeira paz. Tá tudo funcionando como uma bomba, ou sei lá, qualquer coisa que exploda. Eu não esvazio nada. eu só acumulo, acumulo, acumulo. Eu não agüento.

Todo dia sinto algo a me incomodar que nem sei o que diabos é! E eu tento escrever tudo isso, mesmo não saindo nem um terço do que eu realmente tenho para esvaziar. Caralho, eu acho que tô ficando louca. EU PRECISO DE PAZ.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. É por isso que eu passo quando tento explicar o que estou sentindo. As palavras não vêm, a escrita não sai, e as pessoas acabam achando que não deve ser nada ou não entendem. E é por isso que eu também tento escrever, pra ver se pelo menos consigo me compreender, organizar as idéias.

    ResponderExcluir

"Eu ia embora de mim: isso era tudo. Eu ia embora de mim sem saber de onde vinha nem para onde iria..."
Caio Fernando de Abreu