sábado, 7 de novembro de 2009

Juntei toda coragem que ainda tinha espalhada dentro de mim. É que sou assim, sabe, sem graça. Fico sem graça. E depois de juntar os pedaços de minha coragem, (o que não durou mais que poucos segundos) eu falei. E foi bom ouvir aquela resposta eufórica. Uma voz que pulava de alegria. Voz de gente feliz. Fiquei feliz junto e minha voz também se tornou voz de alegria. Ou nem tanto, sou sem graça. Mas eu estava feliz, muito. O sol brilhava lá no alto e alguns estranhos passavam por perto. Parecia mágico. Eu só ouvia a voz. O sol me ofuscava a vista e eu só ouvia seu tom fino e eufórico, e feliz, e alegre, e mais outras palavras que não consigo lembrar agora (então, vai essas palavras repetidas mesmo). Foi embora. Eu continuava feliz, a voz ainda ecoava em meus ouvidos. Eu continuo feliz, a voz ainda ecoa. Ela continua perto de mim.

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"Eu ia embora de mim: isso era tudo. Eu ia embora de mim sem saber de onde vinha nem para onde iria..."
Caio Fernando de Abreu