segunda-feira, 28 de julho de 2008

Mais uma pequena história qualquer

A hora mais bonita do dia, 4:30 de todo o dia. Era essa a hora dos encontros, não era? E você agostava, eu também, não era? Tudo é bonito a essa hora da tarde, o laranja do céu deixa tudo mais bonito.
Os sorrisos, as fotos, a brisa, o sol começando a se pôr, as folhas que balançavam, os cabelos esvoaçantes e as nuvem de algodão-doce rosa. É, eu também gostava, não nego. Mas sempre achei que você gostasse mais. Eram poucos minutos, você não tinha tempo, a vida não tinha tempo para nossos pequenos momentos.
O inverno veio, e levou embora a brisa, o sol, os cabelos esvoaçantes e o alaranjado bonito do céu. E aos poucos, suas visitas também. Depois de semanas, entendi que você não viria mais. Mais nada de encontro às 4:30. Bem, admito que tua partida me faz falta e admito também que não entendo o que te levou a isto. Eu achava que tudo aquilo era suficiente para nos manter sempre vivos por dentro. Mas não para você. Ainda é inverno, nada de sol. E agora chove. Chove para me lembrar de que não tenho mais as fotos, nem as nuvens, nem os sorrisos. Apenas o anoitecer e eu.

Um comentário:

  1. Entretanto... penso nos nossos encontros! Não há hora exata, comum, combinada. Nos encontramos aleatóriamente e sem tempo prévio para conversarmos...
    Nosso ambiente é sempre o mesmo, não importa a hora do dia! É sempre um fundo de mesma cor, letras de mesmo tom, mesma grafia, um monitor de algumas polegadas, fotos variadas enquadradas no canto direito da tela... Contudo, não há momento tão emocionante quanto esse, adoro conversar com você, das coisas mais absurdas as mais complexas. Parece que nosso mundo não há limites, mesmo limitados pelo espaço físico, não há limítes para a mente!
    Sou egoísta, fico pensando o que seria de você sem essa sua bagagem que carrega do passado, então acredito que teria menos graça do que aqueles que já conheço... Porém, só sei que você é muito especial e isso vem de nascensa, não se adquire... E talvez eu seja especial também por ter a honra de lhe conhecer!

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"Eu ia embora de mim: isso era tudo. Eu ia embora de mim sem saber de onde vinha nem para onde iria..."
Caio Fernando de Abreu